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Sobre cobras, lagartos e mosassauros: evolucionistas quebram a cabeça com a origem das cobras

Por Philip Bell

Há alguns anos atrás, falamos de como os evolucionistas estavam debatendo o significado de duas “cobras” fósseis, com membros posteriores, recém-descobertas, na época.1 Pois é… Em 2008, ficaram mais uma vez excitados com a descoberta de pernas em outra espécie fóssil de cobra.2 Há muito tempo, eles se dividiram em dois grupos, com relação à origem das cobras: um grupo defende um lagarto ancestral terrestre; o outro é inflexível quanto à origem das cobras a partir dos mosasauros (répteis marinhos extintos).3

Tentando extrair alguma coisa da evidência fóssil, o primeiro grupo propôs a seguinte (e improvável) situação: por milhões de anos, répteis rastejantes tiveram seus corpos alongados, e assim perderam as pernas, apenas para terem-nas reevoluídas milhões de anos depois, dando origem a essas “cobras pernetas”.

Já os que propõem a ideia do mosassauro não ficam impressionados com essa hipótese, por causa do suposto parentesco entre cobras e lagartos – afinal, eles devem ser parentes! Muitos órgãos de lagartos e cobras diferem grandemente, tais como os olhos e centros oculares no cérebro. De qualquer modo, perder informação é uma coisa, mas evoluir novas informações (para pernas, nesse caso) é outra bem diferente.4 Como foi demonstrado em bichos-pau alados, os evolucionistas comumente asseveram que essas reversões evolutivas não acontecem.5 Certamente, os fatos observáveis da genética não dão apoio para as muitas mutações criadoras de informação que seriam necessárias.

Foto stockxpert Snake

Ao invés disso, os defensores da ideia do mosassauro crêem que os mosassauros extintos’são relacionados com os lagartos monitores (por exemplo, o dragão-de-komodo) e estes, por sua vez, têm parentesco com as cobras – veja a língua bifurcada dos monitores, semelhante à das cobras, por exemplo. Eles afirmam que a descoberta de várias espécies de cobras fósseis marinhas apóiam a ideia de que as cobras atuais descendem dos mosassauros aquáticos. Mas, de acordo com o outro grupo, essa hipótese também tem problemas, cujo menor deles é o fato de as cobras marinhas lembrarem fortemente as cobras terrestres, mas faltam traços’típicos dos mosassauros ou lagartos monitores e seus parentes.6

De um ponto de vista bíblico, podemos ter certeza de que ambas as idéias estão erradas! Deus criou as cobras de um modo especial – elas não evoluíram de outras criaturas. Isso não é o mesmo que dizer que as cobras permaneceram imutadas desde a sua criação. Todas as cobras atuais’são carnívoras, embora seus ancestrais fossem originalmente criados para comer apenas plantas (Gênesis 1:30), por um motivo. A rebelião pecaminosa de ADão e a consequente maldição sobre toda a Criação obviamente teve profundas consequências para as cobras e tudo o mais (Gênesis 13:14–19).

O DNA da serpente versus o DNA dos lagartos

Em anos recentes, evidências da biologia molecular’têm sido usadas para dar suporte a ideia do lagarto ancestral terrestre. Cientistas compararam o DNA de numerosas espécies de lagartos e cobras.7 Os resultados mostraram que o DNA das cobras é significativamente diferente do DNA dos lagartos varanídeos (monitores e goanas, todos do gênero Varanus8), mas é mais parecido como o DNA de outros lagartos terrestres. Eles concluíram que essa é uma forte evidência para a hipótese da origem das cobras a partir de um ancestral terrestre.

Que poderíamos dizer de tudo isso? Bem, é certamente verdade que a evidência molecular é um insulto à história da origem aquática (dos mosassauros). Cobras e monitores não são intimamente relacionados. Assim, como muitos evolucionistas pensam que os mosassauros’são ancestrais dos monitores e seus parentes, eles’são logicamente arrolados como ancestrais das cobras – e nenhuma outra conexão marinha com as cobras foi sugerida desde então.9

Mas isso não necessariamente apóia a outra ideia evolucionista da origem das cobras (dos lagartos), contrariamente às suas afirma-ções. Tudo que eles demonstraram foi que as cobras’têm mais sequências de DNA em comum com certos lagartos terrestres que outros. Não é menos científico atribuir “homologia” (similaridade no design do DNA) a um Designer em comum – o Deus Criador da Bíblia – que afirmar que cobras e lagartos dividem um ancestral comum.

De fato, as características comuns de um projeto honram o seu designer.10 E nem uma criação especial nem uma evolução de novos corpos projetados podem ser observados no mundo atual.

Cobras ambulantes?

Os evolucionistas imaginam um processo de lento e gradual aumento no comprimento do corpo de um lagarto e na perda dos membros. Há evidências de que as cobras sempre tiveram pernas? E, se há, isso seria um problema para cristãos que crêem na Bíblia? Bem, nenhuma cobra tem membros anteriores (nem mesmo rudimentares), mas alguns tipos de cobra (por exemplo, as cobras-cegas, os aniliídeos, as jibóias, as pitons) têm pequenas cinturas pélvicas e minúsculos membros posteriores. Porém, a maioria das cobras atuais (1600 espécies da família dos colubrídeos) não’têm pélvis.11 Assim, embora seja verdade que as cobras sejam muito diferentes dos lagartos, é possível que algumas cobras tivessem pernas no princípio. A maldição que Deus lançou sobre a serpente (Gênesis 3:14) impôs que ela “rastejaria sobre o seu ventre”, talvez sugerindo que essa espécie específica de serpente originalmente tinha pernas. Com certeza é possível que Deus tenha introduzido uma mudança genética que levaria à perda de pernas na prole daquele animal (mas isso é um retrocesso em termos evolutivos)4. Porém, Deus provavelmente criou vários tipos de cobras, por isso é um tanto possível – especialmente se considerarmos quão especializadas elas’são hoje – que algumas cobras eram destituídas de pernas desde o princípio.

Por exemplo, enquanto que nós, humanos, temos 32 vértebras, algumas cobras’têm 400, permitindo-as terem uma coluna vertebral muito mais flexível. Ademais, cada uma das vértebras tem projeções que conectam as vértebras adjacentes para ajudar a estabilizar a coluna como um todo. Quer se movendo no solo ou na superfície da água, todas as cobras podem se mover com ondulações laterais de seus corpos. No caso de cobras terrestres, elas se movem para frente pressionando-se contra irregularidades do solo. Porém, as grandes jibóias, as pitons e as víboras devem usar também um tipo de “rastejo lagartóide” (de lagartas), a fim de assustar sua vítima. Várias espécies de cobra usam o método do movimento sinuoso lateral para avançar na areia do deserto. Há até mesmo cobras (da família dos colubrídeos) que podem achatar o seu corpo o suficiente para flutuarem de uma árvore a outra, por distâncias consideráveis. Assim, a criação de muitos diferentes tipos de cobras parece provável em vista destes diversos comportamentos locomotivos. Mas, qualquer que seja o caso, nós podemos estar certos de que os tipos de cobras estavam representados na Arca de Noé, 1656 anos depois, e que muita especialização aconteceu entre as cobras nos milhares de anos desde então, resultando nas 2700 “espécies”12 atuais de cobras reconhecidas hoje.

De acordo com os evolucionistas, o “mais antigo” fóssil de cobra tem “110 milhões de anos” de idade, mas o registro fóssil mostra que as cobras sempre foram cobras. As cobras fósseis com membros anteriores mencionados antes13 na verdade colocam um dilema diante dos evolucionistas: sua estrutura craniana é semelhante à daquelas cobras supostamente “avançadas” – como as jibóias e as pitons – embora os membros posteriores sejam reconhecidos como “primitivos”! Portanto, mesmo que procuremos nos fósseis ou no DNA, os fatos não ajudam as teorias evolucionistas da origem das cobras de forma alguma, mas’são completamente consistentes com o registro histórico do livro de Gênesis.

Mosassauros

Mosasaurus

Foto wikipedia.org

Até onde sabemos, o mosassauro está extinto. Eram gigantescos répteis marinhos com grandes presas e membros semelhantes a remos (como as nadadeiras das baleias), algumas das quais tinham mais que os’típicos 5 dígitos.1 Acredita-se que os mosassauros eram predadores formidáveis; o maior já descoberto, o Hainosaurus, tinha 17m de comprimento e pesava cerca de 20 toneladas.2 Seus corpos alongados, semelhantes a serpentes, sugerem que nadavam com um movimento sinuoso – eles eram, de fato, um tipo de “serpentes do mar”. O primeiro fóssil de mosassauro foi encontrado em 1770, e o famoso anatomista francês, Georges Cuvier estudou-o em detalhes.3 O Mosassauro é um dos muitos “monstros-marinhos”, no passado e no presente, que aparecem no fascinante e bem-ilustrado livro “Dragons of the Deep” [Dragões das Profundezas].4

Referências e Notas

  1. Young, J.Z., The life of vertebrates, Oxford University Press, Oxford, 3. edição, p. 308, 1985.
  2. Giant Mosasaur [fact file], BBC, <www.bbc.co.uk/science/seamonsters/factfiles/giantmosasaur.shtml>, 12 setembro 2008.
  3. Mosasaurus hoffmNNI, NHM Maastricht, <www.nhmmaastricht.nl/nederlands/exposities/tijdelijk/dinosaurs/engl/find/1exp_tk31.htm>, 12 setembro 2008.
  4. Escrito por Carl Wieland e ilustrado por Darrell Wiskur, Dragons of the Deep, Master Books, Arkansas, EUA, 2005.

Referências e notas

  1. Leggy snakes, Creation 22(3):7, 2000; <creation.com/leggy_snakes>. As espécies fósseis mencionadas no artigo eram Pachyhachis e Haasiophis. Regresar al texto
  2. Uma cobra chamada Eupodophis. Veja Sarfati, J., Another leggy snake? <creation.com/leggy_snakes2>. Regresar al texto
  3. O ancestral mosassauro visto foi o primeiro publicado nos anos de 1870, pelo famosos paleontólogo americano Edward D. Cope. Regresar al texto
  4. Wieland, C., The evolution train’s a-comin (Sorry, a goin in the wrong direction). Creation 24(2):16-19, 2002; <creation.com/train>. Regresar al texto
  5. Bell, P., Evolution revolution. Creation 25(3):31, 2003; <creation.com/stick_wings>. Regresar al texto
  6. Para mais informações, veja a ref. 2. Regresar al texto
  7. Vidal, N. e Hedges, S.B., Molecular evidence for a terrestrial origin os snakes, Proc. R. Soc. Lond. B (Suplemento). 271:S226-S229, 2004. Regresar al texto
  8. Veja Bauer, A.<., Lizards, in: Encyclopedia of Reptiles & Amphibians, 2. edição, Weldon Owen Pty Limited, Fog City Press, California, EUA, pp. 157-159, 2003. Regresar al texto
  9. Ref. 7, p. S229. Regresar al texto
  10. Holding, J.P., Not to be used again, Journal of Creation 21(1):13-14, 2007; <creation.com/homologous>. Regresar al texto
  11. Shine, R., Snakes, in: Encyclopedia of Reptiles & Amphibians, 2. edição, Weldon Owen Pty Limited, Fog City Press, California, EUA, p. 188, 2003. O autor, Dr. Richard Shine, é Professor de Biologia Evolutiva na Universidade de Sydney, Austrália. Regresar al texto
  12. Rieppel, O. eKearney, M., The origin of snakes: limits of a scientific debate, Biologist 48(3):110-114, 2001. Regresar al texto
  13. Pachyrhachis problematicus e Haasiophis terrasanctus são os mais bem conhecidos. Regresar al texto