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A ironia da única célula

por David White
traduzido por Daniel Ruy Pereira (Considere a Possibilidade)

Muitas pessoas têm dificuldades em aceitar o milagre da concepção virginal de Jesus.1 Frequentemente recusada como uma impossibilidade biológica – um mito que pertence a uma época pré-científica. Ironicamente, porém, muitas pessoas que zombam do nascimento virginal não tem problema algum em aceitar um milagre “semelhante” que, assim como o nascimento virginal começa com uma única célula.

A vida começa com uma única célula

O Novo Testamento implica que Jesus teve um tempo de gestação normal (9 meses). Portanto, é razoável assumir que, assim como você e eu, Jesus começou seu desenvolvimento embrionário como uma única célula. Normalmente, a primeira célula é formada quando o espermatozóide encontra o óvulo. Essa primeira célula contém todo o genoma humano – um conjunto de cromossomos de cada pai. Mas, como Jesus não tinha um pai humano, uma intervenção miraculosa foi necessária para trazer à existência essa primeira célula.

Quem rejeita o nascimento virginal essencialmente tem um problema com o aparecimento dessa primeira célula. O resto do processo de nove meses geralmente não é reconhecido como miraculoso, porque acontece milhões de vezes pelo mundo todo, todos os anos.

A evolução começa com uma única célula

A origem da primeira célula também é criticamente importante na biologia evolutiva. Me lembro de um de meus professores na universidade nos dizendo que células veem somente de outras células – mas ele, então, se corrigiu rapidamente: “Exceto, evidentemente, a primeira célula”. De acordo com o teoria evolucionista, todas as formas de vida da Terra são oriundas de uma única célula, que originou-se de elementos inorgânicos.2 Contudo, uma vez que a célula mais simples que conhecemos é horrivelmente complexa,3 os evolucionistas ficam com a ingrata tarefa de explicar como uma complexidade tão grande pôde surgir apenas por acaso.4

Muitos cientistas têm conhecimento da magnitude do problema. Por exemplo, o escritor de ciências do New York Times, Nicholas Wade, confessou: “Explicar a química da primeira vida é um pesadelo.”5 Mas talvez o avaliação mais surpreendente do problema foi dada por Francis Crick, o homem que ganhou o Prêmio Nobel pela co-descoberta da estrutura do DNA. Ele supôs: “Um homem honesto, armado com todo o conhecimento disponível atualmente, apenas poderia dizer que, de certa forma, a origem da vida parece, no momento, ser quase um milagre, tantas são as condições que deveriam ser satisfeitas para que ela ocorresse” [ênfase nossa].6 Até mesmo o ateu assumido Francis Crick pensa que é apropriado usar a palavra “milagre” (embora relutantemente) para descrever a aparência da primeira célula.

Talvez os ateus tenham mais em comum com os cristãos do que gostariam de admitir. Enquanto muitos zombam da ideia de a primeira célula embrionária de Jesus ter sugido milagrosamente, eles não têm o menor problema em aceitar que a primeira célula (que supostamente originou todos os seres vivos) surgiu “milagrosamente”.

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Leitura adicional

Referências e notas

  1. Veja uma consideração detalhada em creation.com/virgin. Retornar.
  2. Alguns pesquisadores da origem da vida especularam que um sistema genético primeiro evoluiu sem uma membrana celular, mas outros reconheceram “que a genética e as membranas tem que ter evoluído juntas.” Wade, N., New glimpses of life’s puzzling origins, The New York Times, 15 junho 2009; www.nytimes.com/2009/06/16/science/16orig.html. Retornar.
  3. Veja Sarfati, J., By Design, Creation Book Publishers, 2008, capítulo 11. Retornar.
  4. A seleção natural não pode ser invocada porque funciona apenas em entidades auto-reprodutoras. Retornar.
  5. Wade, N., Life’s origins get murkier and messier, The New York Times, 13 junho 2000; www.nytimes.com/2000/06/13/science/life-s-origins-get-murkier-messier-genetic-analysis-yields-intimations.html. Retornar.
  6. Crick, F., Life Itself: Its Origin and Nature, Simon and Schuster, New York, 1981, p. 88. Embora Crick tenha dito essas palavras há mais de 25 anos, elas ainda são representativas do estado do assunto hoje. Por exemplo: “A inovação e complexidade da célula estão tão além de qualquer coisa inanimada no mundo atual que ficamos perplexos em como ela chegou a esse ponto.” Kirschner, M. e Gerhart, J., The Plausibility of Life: Resolving Darwin’s Dilemma, Yale University Press, New Haven e Londres, 2005, p. 256. Retornar.

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