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Seu apêndice: está aí por uma razão

por Ken Ham and Carl Wieland

Se você confiar em publicações basicamente evolucionistas como a Encyclopædia Britannica 1997, você pensaria assim sobre o seu apêndice:

“O apêndice não serve a nenhum propósito útil como um órgão digestivo em humanos, e acredita-se que está gradualmente desaparecendo na espécie humana através da escala evolutiva.”1

Contudo, mesmo em 1976 livros médicos começaram a admitir que o apêndice possui funções:

“O apêndice não é geralmente creditado com função significativa; porém, evidências atuais tendem a incluí-lo no mecanismo imunológico.”2

E em um livro médico de 1995, os autores foram enfáticos sobre a função do apêndice:

“A mucosa e submucosa do apêndice estão dominadas por nódulos linfóides, e sua função primária é ser um órgão do sistema linfático.”3

A despeito disso, muitos textos em escolas públicas continuam a doutrinar pessoas na idéia de que o apêndice é uma grande evidência de que o homem evoluiu. Um evolucionista teve o seguinte testemunho gravado no histórico da Tennessee Scopes Trial, 1925:

“Há, de acordo com Wiedersheim, nada menos que 180 estruturas vestigiais [sic] no corpo humano, suficientes para fazer de um homem um verdadeiro museu de antiguidades ambulante. Entre estes [está] o apêndice vermiforme. Este e numerosas outras estruturas do mesmo tipo podem ser razoavelmente interpretadas como evidências de que o homem descende de ancestrais em que estes órgãos eram funcionais. O homem nunca perdeu completamente estes caracteres; ele continua a herda-los ainda que por muito tempo não tenha mais utilidade para ele.” 4

Assim, de uma’só vez os evolucionistas postularam que há 180 estruturas vestigiais (sem função) no corpo humano. Hoje essa lista encolheu para virtualmente nenhum. Imagine pedir a um doutor em 1925 para remover todas essas estruturas “sem função” de seu corpo!

Lamentavelmente, aqueles que sofreram lavagem cerebral pela idéia evolucionista de que o apêndice (e outros órgãos) não tem função incluíram muitos cristãos. Este é ainda outro exemplo de cristãos sendo influenciados por teorias humanas fora da Bíblia. Como a Bíblia é a revelação Daquele que é infinito em conhecimento e sabedoria, então tudo o que pensamos em todas as áreas deveria começar com a Palavra de Deus.

Pensando Biblicamente sobre o apêndice

Vamos assumir que a ciência moderna não conheça a função do apêndice. Isso mostraria que ele era uma parte desnecessária de nossa evolução passada dos animais? De jeito nenhum. Haveria ao menos duas outras possibilidades, com nosso pensamento baseando-se na Bíblia:

  1. Ele teve uma função criada nas pessoas originais, mas como um resultado da Maldição (conseqüência do pecado de adão) sobre toda a criação, a humanidade degenerou-se. Portanto, nosso corpo perdeu algumas funções que outrora possuía. Evolução demanda em ganho de informação–novas estruturas, novas funções.
  2. Ele teve uma função criada, mas nós não a conhecemos ainda.

Evidência de função

Por que o apêndice é tão suscetível a doenças?

Se o apêndice é um órgão especialmente desenhado com uma função, por que tantas pessoas sofrem de apendicite, que exige que o apêndice seja urgentemente removido para prevenir da morte?

Resposta:

Morte, doenças, e degeneração da perfeição original’são todas uma parte da maldição sobre uma criação outrora perfeita. Elas não refletem na conformidade do desenho original.

Além disso, está claro que a apendicite somente é comum em países onde muitíssima dieta moderna refinada é consumida. Onde as pessoas comem uma grande proporção de vegetais, frutas e cereais não-refinados (em outras palavras, têm uma dieta rica em fibras), a apendicite é atualmente muito rara. A “dieta original no Gênesis” para qual nós fomos desenhados7 era obviamente muito mais que isso.

Hoje, o apêndice é reconhecido como um órgão altamente especializado com um rico suprimento de sangue. Isso não é o que esperaríamos de uma estrutura degenerada, inútil.

O apêndice contém uma alta concentração de folículos linfóides. Estes’são estruturas altamente espe-cializadas, que’são uma parte do sistema imunológico. A evidência para a função do apêndice é encontrada em sua posição estratégica exatamente onde o intestino delgado se encontra com o intestino grosso ou cólon. O cólon é carregado de bactérias que’são úteis ali, mas que devem ser mantidas longe de outras áreas como o intestino delgado e a circulação sanguínea.

Por intermédio das células nestes folículos linfóides, e dos anticorpos por elas produzidos (veja quadro no final do texto), o apêndice está “envolvido no controle de bactérias essenciais que vivem no ceco e cólon nas vidas recém-nascidas.”6 . Assim como a importantíssima glândula vascular (timo) em nosso peito, é provável que o apêndice acione sua atividade principal na tenra infância. Também é provável que esteja envolvido em auxiliar o corpo a identificar, na infância, que certos gêneros alimentícios, substâncias derivadas de bactérias, e mesmo algumas das enzimas intestinais do próprio corpo, precisam ser toleradas e não vistas como substâncias “estranhas” que precisam ser atacadas.

Mas se há uma função, porque pode ser removido sem efeitos prejudi-ciais?

Nosso corpo foi brilhantemente desenhado, com abundância em reservas, e a habilidade de alguns órgãos tomarem a função de outros. Portanto há um número de órgãos que todos estão de acordo que’têm uma função definida, mas nós podemos ainda sobreviver sem eles. Alguns exemplos:

  • Sua vesícula biliar tem uma função definida–armazena bile do fígado, e o esguicha no intestino como necessidade no auxílio da digestão de lipídeos. Contudo, pode ser removida e o corpo sobrevive–insistentemente, secretando bile continuamente.
  • Você pode sobreviver tendo um rim a menos, porque há suficiente tecido renal no outro. (Do mesmo modo, uma parte do G.A.L.T., que inclui o apêndice, pode ser removido, e os tecidos linfóides remanescentes serão usualmente suficientes para tomar a função total). Você não sofrerá tendo seus timos retirados (se for um adulto), porque esta glândula extremamente importante, “educa” suas células imunes quando você é muito jovem; daí em diante ela não é mais necessária. Isso é provavelmente muito importante para o apêndice.

Lições do apêndice

1 Coríntios 8:2 diz: “A pessoa que pensa que sabe alguma coisa ainda não tem a sabedoria que precisa.” Pense sobre as questões que Deus fez a Jó: “Onde estavas tu quando eu assentava os fundamentos da Terra?… Onde está o caminho para a morada da luz? … Por onde a luz se difunde…? Sabes tu as ondenanças do céu?8 Após muitas outras questões, nós lemos que Jó arrependeu-se em “pó e cinzas” quando ele percebeu o quanto ele não sabia.

Nós não estávamos lá para ver a Criação. Não sabemos nada. De fato, não conhecemos quase nada em comparação à soma infinita que há para saber. Então como poderiam os humanos, com tal conhecimento limitado, sempre ter dogmaticamente determinado que “o apêndice não tem função”? É impossível a princípio provar que algo não tem função–sem conhecimento infinito. Os assim chamados “fatos” da evolução estão sendo continuamente descartados (embora algumas vezes sejam apagados dos livros somente anos depois). Numerosas pessoas hoje continuam acreditando em muitas das obsoletas idéias evolucionistas que eles aprenderam na escola ou colégio, não percebendo que mesmo os evolucionistas não as aceitam mais.

Fazendo anticorpos

O apêndice, em conjunto com outras partes do corpo que também contêm células denominadas linfócitos-B, sintetiza vários tipos de anticorpos:

  1. Imunoglobulinas IgA, envolvidas na superfície ou mucosa imune. São vitais na manutenção de barreiras protetoras entre o intestino e a circulação sangüínea.
  2. Imunoglobulinas IgM e IgG, que combatem invasores via circulação sangüínea.

O apêndice é na verdade parte do sistema G.A.L.T. (Gut Associated Lymphoid Tissue–Tecido Linfóide Associado ao Intestino). Os folículos linfóides desenvolvem-se ao redor do apêndice duas semanas após o nascimento, que é o tempo quando o intestino grosso começa a ser colonizado pelas bactérias necessárias. É provável que a função principal atinja seu pico neste período neonatal.

Referências e notas

  1. Nova Encyclopædia Britannica, 1:491, 1997. Regresar al texto
  2. Bockus, Henry L.: M.D. Gastroenterology. 2:1134–1148 (capítulo ‘The Appendix’ por Gordon McHardy), W.B. Saunders Company, Philadelphia, Pennslyvania, 1976. Regresar al texto
  3. Martini, Frederic H.: Ph.D. Fundamentals of Anatomy and Physiology. p. 916, Prentice Hall, Englewood Cliffs, New Jersey, 1995. Regresar al texto
  4. Algumas vezes conhecido como “Monkey Trial”. Incidentalmente, os leitores não pensariam que a peça/filme Inherit the Wind era, de qualquer forma, uma representação provavelmente verdadeira deste processo-veja Inherit the Wind An historical analysis. Regresar al texto
  5. The World’s Most Famous Court Trial, Tennesse Evolution Case (Um relatório palavra-por-palavra), Bryan College, p. 268, 1990 (reimpresso da edição original de 1925). Regresar al texto.
  6. Uma visão geral mais detalhada da evidência, com numerosas referências de outras literaturas’técnicas, mostrando que o apêndice não é um órgão vestigial podem ser encontradas em GLOVER, J.W. The Human Vermiform Appendix a General Surgeon’s Reflections, CEN Technical Journal. 3:31–38, 1988. Dr. Glover é um cirurgião em Melbourne, Austrália. Regresar al texto
  7. See Emerson, P. Eating out in Eden. Creation 18(2):10–13, March 1996. Regresar al texto
  8. Jó 38:4, 19, 24, 33; Jó 42:6. Regresar al texto