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Um bezerro de ouro está a substituir o Deus da criação

por editorial
traduzido por Luís Jervell

Orações na escola e em cerimónias públicas já não são permitidas aos americanos. O financiamento para um grupo de escoteiros foi descartado quando alguém se opôs ao juramento dos escoteiros, "cumprir meu dever para com Deus e com o meu país". E uma promoção do popular programa de televisão "Os Simpsons" mostra Bart Simpson a zombar de uma família que dá graças por uma refeição: "Querido Deus", diz ele, "nós mesmos pagamos por tudo isso, então obrigado por nada".

Caso você não tenha notado, o Deus da Bíblia foi posto de lado nos últimos anos. Ele está sendo substituído por um deus mais alinhado com o pensamento do mundo moderno.

No primeiro censo australiano de 1911, 96% dos australianos disseram que eram cristãos. Em 1976, o número caiu para 78,6%. Um relatório do Instituto de Estatísticas publicado em fevereiro de 1991 observou que, em 1986, o número caiu para 73%. Com base nas tendências atuais, não há razão para pensar que o número vai alguma vez voltar a subir.

O problema não é tanto nas porcentagens. Se todos aqueles que se diziam cristãos fossem verdadeiramente evangélicos, cristãos nascidos de novo que quisessem que os outros conhecessem o Deus que haviam encontrado, o número de cristãos aumentaria diariamente. Isso é o que aconteceu na igreja cristã primitiva (Atos 2:47). O problema é que muitos que dizem que são cristãos entregaram a sua lealdade a um novo deus. Tal como os israelitas que começaram a adorar um bezerro de ouro quando Moisés tardou a sua vinda, muitos cristãos começaram a adorar um deus que eles próprios criaram enquanto a igreja espera o retorno de Cristo.

O novo deus da sociedade não é o Deus Criador descrito na Bíblia. Ele é um deus da moda que supostamente "cria" através de um processo evolutivo acidental e se conforma com os tempos. Na verdade, não temos a certeza de que esse novo deus seja realmente um "ele". Uma nova versão da Bíblia pretende se livrar de toda essa linguagem sexista hebraica e grega para que possamos orar a "Deus Mãe" em vez de a Deus Pai.

O Deus da Bíblia é autoritário demais para as pessoas modernas. Veja como Ele expulsou Adão e Eva do jardim. Muito dogmático. As pessoas querem que o deus de hoje controle as suas hostilidades, talvez fazendo ioga ou meditação. O Deus da Bíblia enviou um dilúvio sobre a terra sem sequer fazer um referendo. Extremamente antidemocrático. Depois confundiu a linguagem de todos sem primeiro falar com as pessoas sobre o assunto. E vejam a maneira como Ele incinerou Sodoma e Gomorra. O deus de hoje certamente organizaria protestos pela paz e marchas gays para apresentar o outro lado.

O deus de hoje também tem que se importar mais com o meio ambiente. Nada disso de transformar os rios em sangue ou enviar pragas de moscas ou gafanhotos àqueles que estão contra ele.

E aquela linguagem antiquada que os cristãos costumavam falar? A modéstia é hoje descartada como "uma inibição sexual", viver em pecado é explicado como "tendo um relacionamento significativo", e a criação bíblica é considerada "um mito cultural". Os Dez Mandamentos foram certamente apenas dez sugestões para desmancha-prazeres, e o assassinato do nascituro é considerado por muitos como uma frase desatualizada que se opõe aos "direitos ao aborto".

O cristianismo está a descer acentuadamente porque muitos cristãos estão-se unindo a não-cristãos ao retratarem um deus que tem que ser flexível e que doutra forma, será abandonado. Ele tem que se dobrar ao que o mundo quer.

Por volta da época da Revolução Americana (1775-83), 12 dos 13 estados americanos cobravam um imposto para financiarem a pregação do Evangelho. Durante 200 anos a igreja foi uma instituição na qual os americanos confiavam. Mas em 1986, de acordo com o Los Angeles Times de 5 de janeiro de 1991, uma pesquisa Gallup mostrou que "a religião foi substituída pelos militares como a instituição na qual os americanos têm mais confiança".

Por quê? Analise o deus frouxamente moldado de hoje e você encontrará uma concha espiritual, fisica e moralmente falida. Não é esperado que ele responda às orações - então por que orar? Ele não saberia como realizar um milagre se a Terra dependesse disso - então é mais fácil acreditar que os milagres não acontecem. Se isto é Deus, então nao podemos acreditar em todas aquelas histórias sobre orações respondidas e milagres na Bíblia.

Quem quer adorar um deus tão atrofiado e impotente? Ninguém, claro. É por isso que as igrejas que se comprometem com o mundo e aceitam essa idéia do deus-elástico irão declinar ainda mais na eficácia espiritual. Só se ensinarmos o caráter verdadeiro, histórico e santo de Deus, começando com o fato de que Ele é o Criador do universo que opera milagres, é que os cristãos serão capazes de estabelecer um fundamento apropriado para o Evangelho e influenciar a sociedade para melhor. Eles devem então restaurar a confiança pública na Bíblia e na natureza onipotente, onisciente e completamente amorosa do Deus de toda a criação - Jesus Cristo.